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Direito Autoral e Software Livre

Direito Autoral

Software é monopolizado no Brasil e no mundo por direito autoral. Infelizmente, alguns países permitem patentes que monopolizam software.

No Brasil, as leis 9610/1998 e 9609/1998 regulam o direito autoral sobre software.

Internacionalmente, utiliza-se a convenção de Berna.

Direito Autoral

O autor detém privilégios sobre várias atividades, que podem ser concedidos a terceiros através de autorização prévia e expressa.

Exemplos: copiar, transmitir, traduzir, adaptar, etc.

Licença de software

A licença é o instrumento que o detentor do direito patrimonial utiliza para autorizar de forma prévia e expressa.

Uma EULA é um instrumento diferente, em que o usuário aceita abrir mão de outros direitos, não apenas aqueles excluídos pelo direito autoral.

Software Livre

Richard Stallman publicou o manifesto GNU em 1983, convocando outros desenvolvedores a criarem, em conjunto, um sistema operacional livre.

Em 1985, criou a Free Software Foundation e, tempos depois, publicou a definição de software livre, que mais tarde seriam as 4 liberdades.

Software Livre

As 4 liberdades são:

  1. A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito;

  2. A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo às suas necessidades;

  3. A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao próximo;

  4. A liberdade de distribuir cópias de suas versões modificadas a outros.

Domínio público

Quando encerra o prazo do monopólio concedido pelo direito autoral. Em alguns países, é possível disponibilizar uma nova obra sob domínio público.

Obras derivadas de uma obra em domínio público têm novo monopólio garantido.

Copyleft

Uma licença que garante as quatro liberdades, permite obras derivadas, mas requer que essas sejam licenciadas da mesma forma, perpetuando as liberdades.

Categorias de software

GPL

Criada em 1989, atualizada em 1991, e novamente, em 2006, a licença copyleft mais popular e utilizada.

Permite a distribuição comercial, com ou sem modificações, desde que o código fonte seja distribuído ou oferecido junto ao binário, sob a mesma licença.

Open Source Initiative

Criada em 1998, lançou o projeto Mozilla, e a definição de Open Source, baseada nas 10 diretivas do Debian.

Aceitava registros de novas licenças, que recebiam o "selo" OSI.

Proliferação de licenças

Em 2006, a OSI caiu na real, que a proliferação de licenças era prejudicial para a adoção do Open Source, pois dificultava a escolha da licença e criava novas incompatibilidades entre elas.

Fez uma classificação das licenças.

Classificação segundo OSI

GPLv3

Em 2006, a FSF convocou o público a ajudar a escrever a GPLv3. Ao final, muitas melhorias e defesas a novas ameaças:

GPLv3

GPLv3

Incompatível com GPLv2, mas aqueles que licenciaram seu software como GPLv2 ou superior, podem optar pelo relicenciamento para GPLv3 ou superior.

Esta incompatibilidade e alguns ataques feitos à GPLv3 foram prejudiciais e sua adoção não é tão grande quanto a GPLv2.

Apache License 2.0

Vários projetos passaram a adotar a Apache License 2.0, tornando-a uma das licenças mais populares nos últimos anos.

Infelizmente, ela também é incompatível com GPLv2.

Guia de compatiblidade

Evite

Por que licenciar?

Por que se preocupar com compatibilidade entre licenças?

Mais uma vez?

Algum incentivo?

Evite licenças confusas

Mitos sobre licenças de software livre

Software Comercial e Software Livre

GPL e Distribuição de código fonte

GPL e Distribuição de código fonte

Licenças "permissivas" são mais livres

Licenciamento na prática

Compatibilidade

Escolhendo a licença

Para projetos existentes, utilize a licença do projeto.

Em algumas comunidades, o compartilhamento entre os projetos pode ser beneficiado pela escolha de uma licença comum. A comunidade Perl, por exemplo, licencia seus projetos como o próprio Perl, que é duplamente licenciado como Artistic License e GPL1 ou superior.

Escolhendo a licença

As recomendações da Free Software Foundation são excelentes. Escolha a licença copyleft mais forte que não interfira com o propósito do projeto. Leitura recomendada.

http://www.gnu.org/licenses/license-recommendations.html

Escolhendo a licença (por FSF)

Para backends web, escolha Affero GPLv3. O mesmo vale para aplicações finais em Javascript.

Para frameworks e bibliotecas, GPLv3 ou AGPLv3 ainda são excelentes opções quando trata-se de um software inovador.

Quando é uma substituição a algum equivalente proprietário ou não-copyleft, escolha LGPLv3.

Escolhendo a licença (por FSF)

Por fim, para um software cuja adoção é estratégica, como codecs livres, utilize Apache License 2.0. Sua grande vantagem em relação a outras licenças são os termos que impedem contribuidores e distribuidores de ameaçar com patentes.

Escolhendo a licença por compatibilidade

Se prezar por compatibilidade, considere com quais grupos de projetos espera ser compatível. Há um corpo muito grande de software licenciado como GPLv2. Portanto, não escolha licenças incompatíveis com essa. Se a escolha for por copyleft, adote GPLv2 ou superior. Se for por não copyleft, escolha MIT License.

Note, no entanto, que Apache License 2.0, é incompatível com GPLv2. Evite-a, escolhendo GPLv3.

Duplo licenciamento

Uma alternativa, em alguns casos, para ampliar a compatibilidade, é o duplo licenciamento. Vale principalmente para os casos em que as duas ou três licenças são incompatíveis entre si. Caso contrário, a de copyleft mais fraco anulará os efeitos daquela de copyleft mais forte.

Note que GPLv2 e GPLv3 são incompatíveis entre si. Licenciar como GPLv2 ou superior é uma forma de duplo licenciamento, que permite compatibilidade com as duas licenças.

Aplicando a licença em seu software

http://www.gnu.org/licenses/gpl-howto.en.html

Compatibilidade

Ao combinar dois ou mais software, sempre verifique suas licenças e a compatibilidade entre elas. Não é tarefa fácil, mas se uma das licenças for GPL, consulte a FSF.

http://www.gnu.org/licenses/license-list.en.html

Agradecimentos